TEA

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), o transtorno do espectro autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por prejuízo na comunicação social, na interação social e por padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades.

As pessoas dentro do espectro autista podem ter dificuldades para reconhecer as suas emoções e as dos outros, o que pode comprometer as relações interpessoais devido a interpretações equivocadas dos sentimentos ou das situações sociais.

Alguns indivíduos com TEA apresentam um grande apego à rotina e isso pode provocar extremo sofrimento quando pequenas mudanças ocorrem no cotidiano.

Essa inflexibilidade também se manifesta na comunicação, por exemplo: falar excessivamente sobre os mesmos assuntos, com hiperfoco, ou insistir nos mesmos argumentos.

Essas características podem causar dificuldade na adaptação aos diferentes contextos sociais.

Nas crianças, o comportamento repetitivo e estereotipado pode ser percebido durante os momentos lúdicos, por exemplo: girar as rodas dos carrinhos ao invés de brincar com os mesmos de modo imaginativo e funcional, alinhar os brinquedos, separar por cores ou tamanhos. É comum também observar movimentos estereotipados em momentos de excitação ou felicidade como balançar as mãos como se estivessem batendo asas.

Na primeira infância, algumas crianças apresentam seletividade alimentar, ou seja, gostam de comer sempre os mesmos alimentos diariamente e têm resistência à introdução de novos tipos de alimentos nas refeições. Essa é uma característica que causa angústia e preocupação aos pais.

O psiquiatra é o profissional apto para realizar o diagnóstico precoce dos sintomas e trazer informações às famílias, que auxiliam na melhor compreensão das dificuldades dos indivíduos. Também orienta, baseado em evidências científicas, sobre os melhores tratamentos, que pode ser medicamentoso e/ou através de terapia multiprofissional.

O reconhecimento rápido do quadro possibilita a intervenção precoce, e isso é fundamental para o desenvolvimento das habilidades sociais e da comunicação, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e das suas famílias.